Objetivo: Identificar e analisar a influência que os níveis de demanda, controle e suporte exercem sobre o estresse autorrelatado pelos docentes dos cursos de Ciências Contábeis das Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil.Método: Utilizou-se de um survey com questões relativas à condição biopsicossocial dos 614 professores participantes, sobre a percepção de estresse destes com o Teacher Stress Inventory, e de demanda, controle e suporte emocional com o Job Demand-Control-Support.
Resultados: O suporte e o controle contribuem, de forma significativa (p<0,01), para diminuir o estresse percebido pelos professores. Contudo, as demandas presentes nas IES contribuem para majorar (p<0,01) o estresse. Foi apurado, também, que a idade, a percepção positiva sobre o estado de saúde mental e a satisfação geral com a profissão e com os próprios alunos são fatores capazes de modular, negativamente, o estresse do professor (p<0,01). Porém, ser mulher, lecionar pela manhã e ser professor em uma IES pública aumentam a percepção de estresse dos respondentes (p<0,01).
Contribuições: Considerando que a capacidade de adaptação das pessoas é limitada, este trabalho permite descortinar as circunstâncias que podem agravar os efeitos causados pelo estresse, tendo em vista o acréscimo de demandas físicas e emocionais, resultando, inclusive, em doenças psicossomáticas. Palavras-chaves: Ensino superior; Estresse; Docência; Saúde mental; Ciências Contábeis.