A glicose é o principal substrato utilizado pelo organismo para a realização de diferentes funções biológicas. Dentro de cada espécie animal ocorrem variações da glicemia principalmente em função da idade, dieta e das condições fisiológicas. Esta revisão teve como objetivo elucidar o controle, níveis, variações, mensuração e aplicações clínicas sobre a glicemia em potros neonatos. A glicose sanguínea apresenta fluxo constante, sendo transportada de sua fonte a diversas partes do corpo. É controlada pela interação de vários fatores, como tempo após a última refeição, influência hormonal, nervosa e uso de glicose pelos tecidos periféricos, como músculo esquelético. Comparado com outras espécies, os estoques de glicogênio hepático em potros neonatos são mínimos, sendo suficientes apenas para mantê-lo até uma hora após o seu nascimento necessitando de ingestão frequente de leite para a manutenção da glicose sanguínea. As técnicas de monitoramento da glicemia podem ser classificadas em laboratorial e portátil. A primeira opção é mais confiável, mas, por gerar maiores custos o seu uso fica restrito aos laboratórios de análises clínicas e hospitais. A mensuração da glicemia é uma importante ferramenta de diagnóstico e tratamento para potros neonatos. No uso das técnicas de determinação da glicemia deve-se considerar que os métodos podem variar quanto a sua especificidade e sensibilidade e sempre correlacionar o achado laboratorial com os sinais clínicos do animal para uma melhor interpretação dos resultados dos exames.