Pessoas com deficiência física estão mais expostas aos perigos do sedentarismo por diversas questões. O objetivo deste artigo foi identificar os fatores funcionais e ambientais facilitadores e barreiras relacionados ao nível de atividade física de pessoas com deficiência física. Avaliamos 41 participantes em dois em centros de reabilitação e atendimento esportivo da Região de Belém-PA e Manaus-AM. Foram aplicados os instrumentos WHO Disability Assessment Schedule 2.0, Escala de Atividade Física para Pessoas com Deficiência Física e Measure of the Quality of the Environment. Os resultados indicaram correlação significativa e moderada entre mobilidade e autocuidado (r = 0,57; p<0,001), atividades de vida diária e mobilidade (r = 0,54; p<0,001) e, atividades da vida diária e autocuidado (r = 0,51; p<0,001). Observou-se correlação fraca entre atividade de vida diária e cognição (r = 0,360; p= 0,02). Participação foi relacionada com cognição (r = 0,52; p<0,001), mobilidade (r = 0,50; p<0,001) e relações interpessoais (r =0,54; p<0,001). Observamos correlação moderada entre funcionalidade e cognição (r =0,65; p<0,001) e relações interpessoais (r = 0,60; p<0,001), tendo uma correlação forte com a mobilidade (r = 0,76; p<0,001), autocuidado (r = 0,70; p<0,001), atividade de vida diária (r = 0,70; p<0,001) e participação (r = 0,84; p<0,001). A partir desse estudo, pode-se concluir que as barreiras presentes no cotidiano de pessoas com deficiência física impactam a funcionalidade, o autocuidado, as relações interpessoais, a mobilidade, a atividade de vida diária e a participação social.
Recebido em: 06/12/2023Reformulado em: 26/12/2023Aceito em: 27/12/2023