Os estudos relacionados às caracterizações de solos e formações superficiais frequentemente utilizam-se da abordagem pedogeoquímica para fornecer bases sobre os processos envolvidos na transformação do material parental, a relação entre as características geológicas, tipo e intensidade dos processos intempéricos. Nesse contexto, o presente trabalho apresenta os resultados da mineralogia das formações superficiais alóctonee autóctone da Superfície de Cimeira de Pinhão/Guarapuava, visando a inferência do estágio pedogeoquímico da cobertura superficial. Para tal, foi realizada a técnica de difração de Raios - X (DRX), utilizando-se do método de lâmina orientada, calcinada eglicolada para a fração argila e o método do pó para as frações areia, silte e argila. Os horizontes pedoestratigráficos analisados foram: CA (topo e base), 2CAb (topo e base), 3CAb (base), 4BCb (topo e base) e 5Bb (centro). O DRX foi semelhante na fração argila para todos os horizontes pedoestratigráficos analisados, compostos por caulinita, gibbsita, goethita e vermiculita, no entanto, no horizonte 3BCb não foi visualizada a presença da goethita. Para o método do pó foram constatados minerais do grupo dos filossilicatos, representados pela vermiculita e caulinita, bem como tectossilicatos, com a presença do quartzo e os óxidos, hidróxidos e oxi-hidróxidos de Fe, Al e Ti, que neste caso, referem-se aos reflexos da gibbsita, hematita, goethita, ferrihidrita, magnetita, maghemita, anatásio, rutilo e ilmenita. A constituição mineralógica dos materiais sugere a atuação dos processos de hidrólise e oxi-redução, indicando que tanto a área fonte dos depósitos de colúvio quanto do paleossolo se encontra no estágio pedogeoquímicofersialítico, o que equivale a materiais em estágio moderado de intemperismo.