Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar as opções terapêuticas dos pacientes com flutter atrial (FLA) neonatal, considerando os métodos diagnósticos disponíveis e o prognóstico desses pacientes. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo através da revisão dos prontuários de uma série de sete pacientes com fibrilação atrial (FA) diagnosticada durante o período fetal ou neonatal. O tempo de seguimento desses pacientes variou de 7 meses a 3 anos e 8 meses (média: 1 ano). Os dados clínicos para o diagnóstico incluíram frequência cardíaca sustentada superior a 180 bpm, que foi confirmada em todos os pacientes por um eletrocardiograma de 12 derivações. Resultados: Quatro (57,1%) dos sete pacientes estudados eram do sexo masculino. A maioria dos pacientes revelou arritmia cardíaca durante o período intrauterino, quando examinados por ultrassom fetal no terceiro trimestre de gestação (5 pacientes, ou seja 71,2%). Apenas à mãe do Paciente 2 foi administrada digoxina antes do parto. A taxa atrial da taquiarritmia revelou uma média de 375 bpm, com um aumento de até 500 bpm. A condução atrioventricular apresentou uma relação de 2:1 em todos os pacientes, com variações de 3:1 e 4:1 observadas nos Pacientes 1, 3 e 6. A frequência ventricular variou de 188 a 250 bpm. Todos os pacientes revelaram características típicas e anti-horárias do eletrocardiograma. A cardioversão elétrica sincronizada foi o tratamento de escolha em 6 pacientes (85,7%), com uma dose de 1 J/kg. Conclusão: Diagnóstico precoce, tratamento prévio e cardioversão elétrica sincronizada indicam um excelente prognóstico, e o tratamento de manutenção prolongada pode ser desnecessário.