Este estudo tem o objetivo de investigar a relação da perda oriunda dos testes de impairment de ativos com o gerenciamento de resultado de empresas brasileiras, considerando os diferentes estágios do ciclo de vida organizacional, conforme classificação de Dickinson. As análises foram realizadas com uma amostra de empresas brasileiras de capital aberto do período de 2011 a 2020, totalizando 2.527 observações, aplicando-se regressões por MQO e o modelo Jones modificado para o cálculo dos accruals. Há indícios de que o gerenciamento de resultado se relaciona com as perdas por impairment e essa relação tende a ser diferente entre os estágios do ciclo de vida das empresas. Identificou-se que empresas nos estágios crescimento e turbulências possuem maior propensão para redução dos lucros e empresas nos estágios introdução e maturidade, para o aumento dos lucros, por meio da utilização das perdas por impairment. O estudo contribui para as pesquisas que envolvem o gerenciamento de resultado ao combinar as perdas por impairment com os diferentes estágios do ciclo de vida organizacional e traz novas evidências para o entendimento do tema gerenciamento de resultados e, consequentemente, sobre a qualidade da informação contábil.