Um pouco por todo o mundo ocidental multiplicam-se iniciativas e esforços para incluir temas relativos à diversidade de género e sexual nas políticas educativas e consequentemente nos currículos escolares. Contudo, muito pouco tem sido feito no sentido de averiguar o que se passa nas escolas, ao nível das práticas concretas e trabalho docente. Este artigo dedica-se a explorar as abordagens e práticas LGBTQ inclusivas nas escolas em Portugal, a partir de 14 grupos focais com 75 professores/as do ensino secundário. Argumenta-se que estas podem ser compreendidas a partir de três ideias fundamentais: marginalização, o que significa que estes temas tendem a ser secundarizados e invisibilizados; desorientação, com os/as professores/as a queixarem-se de falta de direção, conhecimentos, competências e formação, e assimilacionismo, com as poucas práticas concretas existentes a enveredarem por lógicas heteronormativas que comprometem uma inclusão crítica destes temas na educação.