A pesquisa teve por objetivo analisar a percepção e o conhecimento de adolescentes sobre saúde bucal em função do gênero e do acesso à informação. O estudo descritivo transversal teve como população-alvo alunos matriculados no último ano do ensino fundamental de escolas públicas, de um município de Santa Catarina. A amostra foi aleatória simples e o seu tamanho definido de forma estratificada, sistemática por turma. Foram sorteados sete alunos de cada turma, totalizando um total de 336 participantes. A coleta de dados deu-se através da aplicação de um questionário, estruturado com 12 questões distribuídas em quatro campos. As análises foram efetuadas com base no teste do qui-quadrado, com intervalo de confiança de 99%. Houve associação significativa entre sexo e os seguintes fatores: ter recebido orientações sobre saúde bucal; autopercepção da aparência dos dentes; e conceito de gengivite. Não houve significância para a associação entre ter recebido informações e nível de conhecimento. A maioria dos adolescentes efetivou consultas odontológicas num período inferior a um ano e afirmou ter recebido informações sobre saúde bucal. O cirurgião-dentista foi citado como a principal fonte de informação. Muito embora a percepção dos pesquisados sobre sua saúde bucal, de modo geral, seja satisfatória e seu conhecimento sobre tópicos relacionados à saúde bucal parcialmente completo, sugere-se maior atenção por parte dos profissionais de saúde a esta faixa etária, tendo em vista a existência de lacunas que podem influenciar na qualidade de vida destes sujeitos.Palavras-chave: Adolescente, Conhecimento, Saúde Bucal.