Objetivo: Avaliar o perfil de tratamento das fraturas supracondilianas do úmero pediátrico em um hospital de referência do Nordeste brasileiro. Metodologia: trata-se de um estudo observacional retrospectivo dos dados dos pacientes que foram atendidos em uma unidade de referência de urgência e emergência pediátrica do Sistema Único de Saúde (SUS), no período de julho de 2022 a junho de 2023. Foram incluídos no estudo os pacientes menores de 13 anos que receberam o diagnóstico de fratura supracondiliana do úmero. Resultados: foram avaliados 197 pacientes com idade média de 5,4 anos. Desses, 88 pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico (44,6%), com idade média de 5,3 anos no momento da cirurgia e predileção pelo sexo masculino (54,5%). Dos pacientes operados, 10 (11,5%) tiveram que ser submetidos a redução aberta para adequado posicionamento da fratura. O principal padrão de fixação da amostra foi a fixação com fios de Kirschner cruzados (65,9%) e a maioria das fixações foi realizada utilizando-se 2 fios de Kirschner (76,5%). Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre a gravidade da fratura (tipo III e IV de Gartland) e a realização de redução aberta. Nenhum caso operado do tipo II apresentou complicações, enquanto 3 casos do tipo III e 2 casos do tipo IV apresentaram complicações. Conclusão: os dados obtidos estão alinhados com a literatura mundial, exceto pela menor frequência de abordagem cirúrgica geral e maior frequência de fixação cruzada no presente estudo.