A pandemia da doença Coronavírus-19 representou uma crise de saúde mundial sem precedentes, sendo um desafio global aos sistemas de saúde. Devido ao seu alto poder de disseminação, o Sars-Cov-2 rapi-damente se espalhou entre a população, contaminando diversos sistemas corporais e gerando milhões de mortes e sequelas, levantando limitações relacionadas ao atendimento. A quantidade de complicações somadas ao conhecimento incerto até então, impossibilitam o esclarecimento da exten-são da doença, dessa forma os instrumentos de avaliação dos pacientes recuperados são ferramentas cientificas relacionadas com a melhoria da atenção à saúde. O objetivo do presente trabalho foi analisar os efeitos clínicos pós-Covid-19 nos usuários de um ambulatório da região metro-politana de Goiânia-GO. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, que relacionou a prevalência de manifestações clínicas em pacientes recuperados com as seguintes variáveis: hábitos de vida, pre-sença de comorbidades associadas e condições socioeconômicas através de entrevistas direcionadas por questionários previamente elaborados. As repercussões mais frequentes apresentadas pelos pacientes foram no sistema musculoesquelético com piora das aptidões físicas, alterações do comportamento, dor torácica, tosse residual, eflúvio telógeno e alte-rações no SNC (sistema nervoso central). Associado a isso, as principais comorbidades verificadas nos pacientes com repercussões foram: obesi-dade, HAS e DM tipo 2. Ademais, sedentarismo, tabagismo prolongado e exposição a queima de biomassa por longos períodos foram hábitos de vida e condições socioeconômicas relacionados à presença de sequelas pós-Covid-19. Os dados apresentados no presente estudo corroboram a bibliografia atual, sendo que as sequelas ou manifestações crônicas ainda permanecem incertas.