2018
DOI: 10.1590/0102.3772e33426
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Do Brincar do Bebê ao Brincar da Criança: Um Estudo sobre o Processo de Subjetivação da Criança Autista

Abstract: RESUMO O brincar primitivo do bebê poderia nos revelar traços precoces de uma provável organização autística em curso na criança pequena? Em que medida o investimento do bebê face aos objetos do mundo externo e do ambiente poderia ser associado a suas primeiras experiências com o objeto materno? Tais questões são levantadas neste artigo, cujo principal objetivo é abordar o processo de subjetivação da criança autista a partir da correlação entre o brincar primitivo do bebê e o brincar simbólico da criança. Por … Show more

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“…A ausência de prazer com o objeto e também na relação com o outro durante o brincar no grupo de risco psíquico, pode explicar a emergência tardia de brincadeiras criativas neste grupo. Para uso criativo as crianças precisam ser sustentadas subjetivamente pelo outro e exercitar o brincar (WINNICOTT, 1975;SABOIA et al, 2017).…”
Section: Discussionunclassified
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“…A ausência de prazer com o objeto e também na relação com o outro durante o brincar no grupo de risco psíquico, pode explicar a emergência tardia de brincadeiras criativas neste grupo. Para uso criativo as crianças precisam ser sustentadas subjetivamente pelo outro e exercitar o brincar (WINNICOTT, 1975;SABOIA et al, 2017).…”
Section: Discussionunclassified
“…No que se refere às categorias do brincar materno, quando observados os casos em risco psíquico, foi possível observar maior intrusividade e diretividade, bem como ritmo alterado na oferta dos brinquedos, além da já mencionada falta de prazer. As hipóteses explicativas podem relacionar-se a estados de humor materno ou dificuldades da criança, como a presença de risco para o autismo (MOTTA; LUCION; MANFRO, 2005;SAINT-GEORGES et al, 2011).…”
Section: Discussionunclassified
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“…Essa fala da mãe anuncia a inacessibilidade do bebê, que se encontra num estado de intenso fechamento, o que revela uma indisponibilidade quase absoluta de ir ao encontro da figura materna, apesar de toda convocação e estimulação da mãe. A passividade e indiferença de Arthur em se engajar num jogo lúdico e prazeroso com sua mãe nos levam a pensar que estamos diante de um bebê que apresenta um quadro de um retraimento do tipo autístitico (SABOIA, 2015(SABOIA, , 2018.…”
Section: Arthurunclassified
“…Sabe-se que esse desinvestimento, ou perda da tensão pulsional, evoca a própria origem da noção da palavra de-pression, que contempla a ideia de queda ou diminuição do nível de "pressão" da tensão pulsional. Essa queda, por exemplo, é o que frequentemente testemunhamos na clínica, quando nos deparamos com bebês que mostram intensa passividade diante dos objetos, sugerindo um possível comprometimento do brincar precoce e constitutivo do bebê, sinalizador de possíveis falhas no acesso à intersubjetividade(SABOIA, 2015(SABOIA, , 2018. Dizemos que o trabalho na clínica da intervenção precoce, que condiz com a clínica dos primórdios do aparelho psíquico, nos convoca a nos debruçar sobre os aspectos psicossomáticas do bebê, levando o analista a atuar de maneira mais ativa, ao lançar mão de suas próprias experiências psíquicas suscitadas na relação transfero-contratransferencial 4 com o bebê.…”
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