“…De forma contrastante, a agricultura convencional tem como seus principais objetivos a maximização da produção e dos lucros, fazendo uso de práticas como o cultivo intensivo do solo, uso de fertilizantes químicos, aplicação de pesticidas, monocultura, irrigação e manipulação genética das cultivares (Gliessman, 2009;Mazzoncini et al, 2010; De Ponti, Rijk e Van Ittersum, 2012). Entretanto, apesar de sua eficiência a curto prazo, o manejo convencional pode causar danos ecológicos de alto impacto para a área de produção, como a perda de fertilidade e erosão do solo; alteração na disponibilidade de nutrientes com a redução da matéria orgânica; e a contaminação de corpos d'água por meio da lixiviação de compostos sintéticos (Gliessman, 2009;Ponisio et al, 2014) Do ponto de vista econômico, avaliações atualizadas sugerem que a produção agroecológica pode superar a aplicação de um manejo convencional, em questões de saúde e às vezes até em produtividade (Altieri, 2013;Homma, 2017). A ONU (2017) apresenta em seu relatório atual a realidade da agroecologia, em que esta, quando adequadamente implementada e em conjunto com um sistema de distribuição de alimentos correto, é capaz de suprir a demanda global para alimentar a população humana.…”