OBJETIVO: verificar a concordância entre os resultados da avaliação do Potencial Evocado Auditivo de Média Latência e testes de padrões temporais. MÉTODOS: foram avaliados 155 sujeitos de ambos os sexos, idade entre sete e 16 anos, com audição periférica normal. Os sujeitos foram submetidos aos testes de Padrão de Frequência e Duração e Potenciais Evocados auditivos de Média Latência. RESULTADOS: os sujeitos foram distribuídos em dois grupos: normal ou alterado para o processamento auditivo. O índice de alteração foi em torno de 30%, exceto para Potencial Evocado Auditivo de Média Latência que foi pouco menor (17,4%). Os padrões de frequência e duração foram concordantes até 12 anos. A partir dos 13 anos, observou-se maior ocorrência de alteração no padrão de frequência que no padrão de duração. Os padrões de frequência e duração (orelhas direita e esquerda) e Potencial Evocado Auditivo de Média Latência não foram concordantes. Para 7 e 8 anos a combinação padrão de frequência e duração normal / Média Latência alterado tem maior ocorrência que a combinação padrão de frequência e duração alterada / Média Latência normal. Nas demais idades, ocorreu o contrário. Não houve diferença estatística entre as faixas etárias quanto à distribuição de normal e alterado no padrão de frequência (orelhas direita e esquerda), nem para o Potencial Evocado Auditivo de Média Latência, com exceção do padrão de duração para o grupo de 9 e 10 anos. CONCLUSÃO: não houve concordância entre os resultados do Potencial Evocado Auditivo de Média Latência e os testes de padrões temporais aplicados.