“…Em outras palavras, o studentification ocasiona a transformação das dinâmicas socioespaciais, pois traz uma população estudantil que se altera a cada ano letivo (Nascimento, 2019), e, a longo prazo, pode ocasionar mudanças na própria morfologia urbana e nos usos dos espaços, por exemplo, quando há a substituição das residências unifamiliares por unidades habitacionais direcionadas ao público estudantil; aumento do comércio especializado (tais como papelarias, bares e lanchonetes, casas noturnas, escolas de idiomas etc. ); maior número de estudantes, professores e trabalhadores vinculados à universidade na região; mudanças na oferta de transportes, entre outros (Powell, 2016;Nascimento, 2019). No caso do Brasil, os sistemas de apoio ao acesso e permanência no ensino superior das classes mais baixas permitiu que jovens de todas as partes do país se deslocassem do seu local original para estudar, fazendo com que estes alunos acabem por viver em vizinhanças próximas à universidade (Nakazawa, 2017).…”