“…O sistema aplicado, apesar de já ter sido usado em vários estudos nacionais e internacionais publicados, 9,[11][12]14,17,20,24 está sujeito a algum grau de subjectividade, uma vez que não está sujeito a um sistema de classificação quantitativo. Os resultados obtidos no presente estudo são melhores do que os encontrados em outros estudos que utilizaram os mesmos critérios 11,17,20,24 e em que a percentagem de cartas de boa qualidade variou entre 9,4% e 20,6% e as de má qualidade entre 20,5% e 60% (excepto quando comparado com o estudo de Irazábal 14 -que utilizou uma metodologia diferente e que obteve 42,0% de cartas com boa qualidade e 5% de má qualidade -ou com o estudo Santos et al 9 que teve resultados muito superiores aos da restante bibliografia -69,6% de cartas com boa qualidade -e que se refere, ao contrário dos restantes estudos, a toda a população em idade pediátrica, mas que avalia apenas as referenciações de duas Unidades de Saúde Familiar). No entanto, não podemos afirmar que a qualidade das referenciações do nosso estudo seja superior à de outros estudos que avaliaram o mesmo parâmetro, porque é necessário ter em conta que no nosso estudo apenas foram utilizadas referenciações em suporte informático, o que condiciona a ausência de cartas de referenciação ilegíveis (que em alguns estudos mostraram ser responsáveis por cerca de 7 a 10,7% das referenciações), 11,13,24 com identificação incompleta/errada ou sem referência à idade e/ou géne-ro, falhas por vezes presentes em cartas de referenciação manuais.…”