IntroduçãoA hiperplasia angiolinfoide (Hale) foi inicialmente descrita em 1969, por Wells e Whimster, 1 e, na ocasião, foi denominada como hiperplasia angiolinfoide subcutânea com eosinofilia. A doença caracteriza-se por lesões papulosas ou nodulares, solitárias ou múltiplas, e de cor violácea, o que sugere a origem vascular da doença. As lesões estão frequentemente localizadas na fronte, face, região retroauricular e cervical. Parece haver maior incidência em indivíduos do sexo feminino, sendo mais comum em pacientes com idades entre 30 e 50 anos e sem predominância de raça. Sua etiopatogenia ainda permanece indefinida, contudo alguns trabalhos sugerem uma provável proliferação vascular anormal com resposta inflamatória secundária.
2A eosinofilia está presente em somente 20% dos casos Hale. O seu mecanismo fisiopatógico nesta patologia ainda é motivo de discussão, mas poderia ser explicado através da produção de interleucinas (principalmente interleucina -5 e 3) pelos linfócitos presentes nas lesões, com consequente ativação e diferenciação dos eosinófilos.