“…Afirmam que dentro de um contexto de cluster, esses vínculos de trocas ocorrem a depender de: (i) a quantidade acumulada ao longo do tempo de conhecimentos da empresa que podem, portanto, serem liberados para as outras empresas; e (ii) as capacidades das próprias empresas de absorverem e internalizar conhecimentos potencialmente transferíveis das outras empresas participantes do cluster. Para Rocha et al (2021), com contribuições de outros autores, em um contexto de seleção natural destas empresas participantes, no qual os consumidores locais tendem a serem mais sofisticados e exigentes, além de capacidades inovativas internas mais avançadas, essas firmas se beneficiam de fluxos de conhecimento mais fluentes dentro dos clusters (Eisingerich et al, 2010), tanto intencionais quanto não intencionais, sendo este último chamado, na literatura, como transbordamentos de conhecimento (Cardamone, 2018;Cassiman & Veugelers, 2002). Estudiosos têm enfatizado a importância dos transbordamentos localizados de conhecimento para a inovação a partir de clusters, devido principalmente ao fato que as empresas participantes se beneficiam da disponibilidade e mobilidade de mão de obra qualificada.…”