Does Lactobacillus Exert a Protective Effect on the Development of Cervical and Endometrial Cancer in Women?

Abstract

Cervical cancer is a significant health problem with increasing occurrence and mortality. This infection-associated tumour is caused by the human papillomavirus (HPV). HPV infection is cleared by the immune system within 6–18 months in most patients; however, persistent high-risk HPV (hrHPV) infections can lead to the development of cervical cancer. Virus persistence is promoted by immunodeficiency, Chlamydia trachomatis infection, smoking, and age, as well as the imbalance of cervicovaginal microbiota and inflammation. The abundance of bacteria in the vagina favours the maintenance of a dynamic balance; their coexistence influences health or disease states. The eubiotic vaginal microbiota of reproductive-aged women is composed mostly of various Lactobacillus species (spp.), which exert protective effects via the production of lactic acid, bacteriocins, polysaccharides, peptidoglycans, and hydrogen peroxide (H2O2), lowering pH, raising the viscosity of cervicovaginal mucus, and hampering both the adhesion of cells to epithelial tissue and the entry of HPV. The depletion of beneficial microorganisms could increase the risk of sexually transmitted infections. Emerging therapies involve mucosal, intranasal vaccines, which trigger systemic and mucosal immune responses, thus protecting against HPV-induced tumours. The use of probiotics has also been suggested to affect various biological processes associated with tumourigenesis (inflammation, oxidative stress, apoptosis, proliferation, and metastasis).

Disbiose Da Microbiota Cervicovaginal No Desenvolvimento Do Câncer De Colo De Útero: Uma Revisão Narrativa

“…7 Altas concentrações de D-lactato podem proteger contra infecções do trato reprodutivo através da regulação da proteína EMMPRIN (indutora de metaloproteinase da matriz extracelular) na secreção vaginal. Uma proporção maior de L-lactato em relação ao D-lactato está ligado também à ativação de outra proteína chamada MMP-8 (metaloproteinase da matriz), que eventualmente é capaz de causar danos na integridade cervical, pois ao se tornar mais permeável, faz com que os queratinócitos basais sejam mais suscetíveis à infecção prolongada por HPV 13 , aumentando o risco do desenvolvimento do CCU.…”

“…Essa mudança resulta em dano à barreira epitelial, aumentando a permeabilidade da mucosa ao HPV e facilitando sua colonização e persistência. 13 Entretanto, além das alterações que tornam o organismo mais suscetível à infecção por HPV, a disbiose também possui papel pró-tumoral atuando por meio de mecanismos diretos e indiretos, como no metabolismo do estrogênio, favorecendo a carcinogênese cervicovaginal e tornando as alterações causadas pelo HPV como de maior risco carcinogênico.…”

“…Frąszczak et al ( 2022) relataram que na disbiose observou-se aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias, quimiotáticas, angiogênicas. 13 O ácido lático possui papel anti-inflamatório (inibindo a produção de IL-12 e aumentando a de IL-10), e em ambientes simbióticos, o lactato em baixas concentrações perde sua capacidade imunomoduladora. Além da ausência do lactato, a própria presença da membrana lipopolissacarídica de bactérias gram-negativas sensibiliza as células cervicovaginais, induzindo a sinalização de TLR4, ativação de NF-κB e a produção de citocinas pró-inflamatórias e quimioatrativos de células T, incentivando quadros de inflamação crônica e angiogênese local -fatores conhecidamente prótumorais.…”

“…A genotoxicidade compromete funções básicas como a regulação da sinalização celular e apoptose (fatores de alto risco carcinogênico) e facilita a integração do material genético do HPV ao genoma do hospedeiro. 13 A integração genômica perturba a diferenciação normal e crescimento das células ao expressar oncoproteínas E6 e E7, o que torna o epitélio displásico. 13 Quando não diagnosticados precocemente, os processos neoplásicos podem evoluir para câncer metastático, invadindo os tecidos adjacentes ou fazendo metástase à distância através de disseminação linfática ou hematogênica.…”

Alterations of Vaginal Microbiota and Chlamydia trachomatis as Crucial Co-Causative Factors in Cervical Cancer Genesis Procured by HPV

“…Results confirm that the degree of severity of cervical neoplasm is linked to these local and systemic changes that negatively affect the microbiota balance and functionality, especially against health-associated strains such as Lactobacillus spp., which leads to an increase in anaerobic bacteria, including Gardnerella spp., Prevotella spp., Atopobium vaginae and Sneathia spp., Megasphaera spp., and others [ 23 ]. Changes in the vaginal microbiota composition across cervical carcinogenesis may also lead to a profound switch to high pH with ROS elevation, which is considered a general marker indicative of inflammation, abnormal apoptosis, angiogenesis, hormonal imbalance, metabolic dysregulation, suppressed local antitumor immunity, and disease progression [ 23 , 24 ].…”