Este estudo tem como objetivo identificar as evidências disponíveis na literatura sobre a utilização da narração de histórias como estratégia de aprendizagem na formação do enfermeiro. Trata-se de uma revisão de escopo com metodologia do Instituto Joanna Briggs, realizada nas bases de dados PubMed, Scielo, ERIC, Science Direct e Lilacs, utilizando os operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram revisados estudos originais publicados até agosto de 2021. Das 42 produções analisadas na íntegra, 21 compuseram a amostra, e foram publicadas entre 1998 e 2020 em seis países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos da América, Austrália, Canadá, Noruega e Suécia. Entre os tipos de pesquisa incluídos, destacaram-se estudos qualitativos (14,3%) e descritivos (14,3%). Quanto a temática das narrações identificou-se experiências clínicas (42,9%) e histórias dos pacientes (19%) como as mais abordadas, e o recurso mais utilizado foram as mídias digitais (53,6%). Evidenciou-se benefícios do uso da narração de histórias na educação em enfermagem, entre eles: desenvolvimento e/ou aumento da empatia, captação da atenção, formação do elo teoria-prática, melhora da compreensão e capacitação. Essas contribuições possibilitam uma formação diferencial do profissional, proporcionando uma visão integral, diferenciada e humanizada do paciente. Entretanto, algumas desvantagens estão associadas a seu uso, como vulnerabilidade do contador de histórias e desconforto devido ao impacto emocional. As evidências demonstram a aplicabilidade da metodologia, sendo atributos importantes para a sua efetividade o conteúdo da narrativa e os recursos utilizados. Sugere-se que pesquisas futuras ampliem suas amostras estudadas, a fim de compor uma base sólida que promova a validação dessa ferramenta.