Dor e ansiedade odontológica infantil: há relação?

Abstract

Avaliar se existe associação entre dor e ansiedade em crianças durante o tratamento odontológico. É um estudo observacional longitudinal, em que foi avaliado a dor e ansiedade em 18 crianças de 6 a 10 anos atendidas em duas consultas odontológicas na clínica de Odontopediatria da UNIFAL-MG. Antes de cada consulta, foi avaliada a presença de dor através da escala Wong Baker FACES Scale (WBFS) e ansiedade através das escalas Facial Image Scale (FIS) e Venham Picture Test Modificado (VTP-M). Os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney e Spearman (P<0,05; IBM-SPSS, versão 25.0). Houve correlação estatisticamente significante entre dor e ansiedade utilizando a escala FIS (P<0,01; rho=0,81; P=0,004; rho=0,64) na primeira e na segunda consultas, respectivamente. No entanto, não houve correlação entre ambas as variáveis utilizando a escala VTP-M para a primeira e segunda consultas, respectivamente (P=0,08; rho=0,36; P=0,05; rho=0,46). Em relação ao tipo de tratamento, houve associação com a dor em ambas as consultas e com a ansiedade (FIS) apenas na segunda consulta (P<0,05). Crianças com maior queixa de dor apresentaram maior grau de ansiedade durante as consultas odontológicas. Portanto, a presença de dor pode ser um dos fatores responsáveis por causar ansiedadeinfantil além de pode ser exacerbada pelo tipo de tratamento odontológico.

Métodos de sedação para controle de medo e ansiedade na Odontologia

“…As manifestações são caracterizadas pela presença de sentimentos vagos que geram desconforto e surgem em consequência da antecipação do risco daquilo que causa temor. Na ansiedade odontológica, o indivíduo não possui uma fonte de ameaça bem definida, sendo a manifestação causada pela apreensão ao atendimento (Sousa et al, 2022).…”

“…Normalmente, a ansiedade apresenta duas características determinantes, sendo a primeira definida como um estado emocional que se assemelha ao medo. Já a segunda, envolve o fato de que o estímulo perturbador não precede ou acompanha a manifestação, mas sim surge antecipadamente a aquilo que ainda vai acontecer (Sousa et al, 2022;Paiva et al, 2019).…”

“…As principais consequências relacionadas ao medo odontológico, envolvem a maior quantidade de consultas de urgência, que normalmente provoca ansiedade, por não haver a possibilidade em se adiar. Assim, se perpétua o ciclo do medo odontológico, alimentado pela manifestação do medo (Sousa et al, 2022).…”

“…Em pesquisas que avaliam os medos mais frequentes em grupos populacionais, a ida ao dentista é uma das respostas mais frequentes relatada pelas amostras. A sedação consciente em (Francisco et al, 2019;Sousa et al, 2022;Paiva et al, 2019).…”

Percepção dos pais de crianças em tratamento oncológico sobre as técnicas comportamentais utilizadas em odontopediatria

“…Além disso, deve ser exposto ao responsável, durante o primeiro atendimento, que a equipe necessita de consultas de adaptação, visando conquistar a confiança e colaboração do paciente, por meio da demonstração do que será realizado, sendo importante a participação ativa da criança no processo (Kuhn & Allen, 1994, ten Berg, 2008. O diálogo entre o Cirurgião-dentista e os pais tem por finalidade expor a possibilidade do emprego de técnicas farmacológicas, como dizer-mostrar-fazer, controle de voz, mão-sobre-a-boca, contenção física e presença/ausência dos parentes, como também as farmacológicas, a exemplo da sedação (Gomes, et al 2022& Joshi, et al 2022).…”