Objetivo: observar a relação existente entre hábitos de vida e incapacidade física e a relação desses dois fatores com a DLC não específica. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, exploratório e analítico, com uma amostra por conveniência de 50 indivíduos de ambos os sexos, com idade ≥ 18 anos. Os participantes foram avaliados quanto às questões socioeconômicas, demográficas e hábitos de vida; nível de incapacidade física através do questionário Roland-Morris (RM) e Intensidade da dor pela escala visual analógica (EVA). Resultados: A idade média de idade dos participantes foram de 56,9 (DP=8,87) anos, variando entre 34 e 72 anos. Destes, 90% (n=45) dos indivíduos eram do sexo feminino. A percepção de dor se dividiu entre moderada 30% (n=15) e intensa 70% (n=35). Observou-se associação estatisticamente significante entre o nível de dor e incapacidade física (RP 9,86, IC=1,46-66,47). Os indivíduos que não costumavam realizar atividades de lazer apresentaram também maior sensação subjetiva de dor lombar (DL) (RP 0,60, IC=0,37-0,95) e incapacidade física (RP 0,39, IC=0,18-0,88). Também foi observada associação estatisticamente significante entre os ser fumante e DL (RP 1,60, IC=1,25-1,99) e entre a incapacidade física e a DL (RP 1,88, IC=1,13-3,11). Não foi observada associação significativa entre a prática de exercício físico, consumo de bebida alcoólica e alimentação com os níveis de dor e incapacidade física. Conclusão: No presente estudo foi possível observar forte relação entre a dor e a incapacidade física, bem como o hábito de fumar e interferência na realização de atividades de lazer.