Introdução: O câncer de próstata é uma das neoplasias malignas mais comuns em homens, sendo a segunda mais frequente no Brasil. A relação entre a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) e o câncer de próstata tem sido controversa, devido à crença de que o câncer é andrógeno-dependente. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre os níveis de testosterona e a TRT com o desenvolvimento, recorrência, progressão ou pior prognóstico em pacientes com câncer de próstata. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e utilizando as plataformas PubMed, SciELO e LILACS com os termos "Testosterone" e "prostate cancer". Foram identificados 2775 artigos ao usar os descritores e o delineamento temporal adotado, divididos em: PubMed (2711), SciELO (21) e LILACS (43). Resultados e discussão: Os resultados obtidos foram que homens com níveis mais baixos de testosterona têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer de próstata. No entanto, a TRT em homens com hipogonadismo e histórico tratado não aumentou a agressividade do câncer. A teoria de saturação dos receptores prostáticos sugere que níveis séricos elevados de testosterona não aumentam significativamente o risco. Não foi encontrada uma associação significativa entre a TRH e o risco de recorrência do câncer de próstata ou de necessidade de um tratamento mais agressivo independentemente do risco de câncer de próstata inicial, além de não comprometer o tratamento radioterápico anterior. Considerações finais: A relação entre TRT e câncer de próstata é complexa. A decisão de usar TRT em pacientes com histórico de câncer de próstata deve ser individualizada, considerando fatores como idade, estágio anterior do câncer e saúde geral. A pesquisa continua evoluindo, e a prática clínica deve ser adaptada às evidências mais recentes.