Os isótopos δ18O e δ13C são indicadores geoclimáticos e ambientais e estão sendo empregados como ferramenta de rastreamento de madeira. Há inúmeras metodologias para obtenção da celulose, que é o material utilizado para análise isotópica de material lenhoso, contudo, os tempos de extração são muito longos deixando o processo analítico demorado e, em alguns casos, inviáveis. Temos como objetivo comparar diferentes tempos de extração e se eles irão interferir no sinal isotópico para carbono e oxigênio. Foram realizados 4 procedimentos para obtenção da celulose, em diferentes tempos, de 48 e 6 horas, para remoção dos extrativos. A primeira etapa consiste no processo de remoção dos extrativos na sequência (1) álcool/ tolueno (1:1), (2) álcool, (3) acetona e (4) água. O processo de deslignificação foi realizado em duas sequencias, com (1) clorito e ácido acético glacial por 6 horas e (2) clorito de sódio por 1 hora. As hemiceluloses foram removidas com solução de hidróxido de sódio a 17% de 1 horas com três repetições a α – celulose foi obtida em solução ácida de ácido acético glacial a 10% e, ao final do tratamento, as amostras foram secas em estufas a 70°C por 2 horas. Para análises isotópicas, as amostras foram secas e pesas, sendo submetida ao espectrômetro de massa para análise da razão isotópica de 18O/16O e 13C/12C. Os resultados sugerem uma tendência que o tempo de remoção dos extrativos presentes na madeira interferem na leitura do sinal isotópico do δ18O, o que não foi observado para δ13C.