RESUMOConsidera-se como um caso de recidiva hansênica, o indivíduo que, após ter recebido alta por cura, apresente sinais clínicos de atividade da doença. Com o objetivo de conhecer a ocorrência de casos de recidiva e fatores clínico-epidemiológicos relacionados, em pacientes em uma região hiperendêmica, foi realizada uma pesquisa cujos métodos abrangem um estudo epidemiológico, transversal com caráter descritivo entre janeiro 5,6,7,8,9 . A recidiva pode ser causada por persistência bacilar 7 e ainda, devido à reinfecção, porém esta é uma condição estritamente difícil de ser analisada em uma área endêmica ou hiperendêmica 10,11 . Considera-se como um caso de recidiva hansênica, o indivíduo que, após ter recebido alta por cura, apresente sinais clínicos de atividade da doença 8 .A problemática em torno dos casos de recidiva pode estar relacionada a vários fatores, uma vez que o Estado do Pará, norte do Brasil, é hiperendêmico para a doença e por esta razão faz-se extremamente necessário pesquisar os informes epidemiológicos da hanseníase nesta região, inclusive saber os fatores de risco com o intuito de conhecer, identificar e compreender com maior precisão esse processo do adoecimento e novo adoecimento, podendo desta forma ter uma visão melhor da magnitude deste problema e melhor preveni-lo, por meio da precocidade e eficiência da assistência prestada.
INTRODUÇÃOA hanseníase é uma doença crônica, granulomatosa e é causada pela bactéria Mycobacterium leprae que acomete preferencialmente a pele, o sistema nervoso periférico e, ocasionalmente, outros órgãos e sistemas 1,2,3 . Este bacilo multiplica-se muito lentamente, com um tempo médio de cerca de 12,5 dias, e é um parasita intracelular obrigatório que cresce melhor em temperatura que esteja entre 27 a 30º C 4 . A recidiva da doença pode ocorrer em qualquer paciente que apresente um ou mais dos fatores de risco, como: índice bacteriológico (IB) inicial ≥ 4+ ou final ≥ 3+, terapia