INTRODUÇÃO: As úlceras pépticas podem se desenvolver em qualquer porção do trato digestivo exposta à secreção cloridropéptica. As principais etiologias são: infecção pelo H. pylori e uso de anti-inflamatórios. O diagnóstico é feito pela suspeição clínica e endoscopia. As complicações são sangramento, perfuração, obstrução. RELATO DE CASO: I.C.T.S, 69 anos, transferida para serviço de hospital terciário, com quadro de melena, foi realizado uma endoscopia, a qual mostrou lesão estenosante, ulcerada, infiltrativa e friável em duodeno. Na tomografia havia uma lesão com aspecto infiltrativo na parede do cólon ascendente, além do marcador CA19.9 em valores altos. Concluiu-se que havia uma massa tumoral em cólon direito que fistulizou para o duodeno. Efetuou-se, uma laparotomia, onde identificou um tumor irressecável em vias de obstrução do cólon, que invadia o duodeno. Foi optada pela realização de uma jejunotransverso anastomose, afim de manter o trânsito intestinal. DISCUSSÃO: As úlceras representam a principal causa de hemorragia digestiva alta (HDA), e possuem uma mortalidade elevada. Os fatores de risco que aumentam a mortalidade na HDA são idade maior de 60 anos; choque, instabilidade hemodinâmica; comorbidades; diagnósticos prévios de doenças do trato gastrointestinal; e ressangramento. As técnicas diagnósticas e terapêuticas podem ser endoscópicas, radiológicas ou cirúrgicas. CONCLUSÃO: O caso mostra que o motivo do sangramento não era uma etiologia comum para HDA, mas uma causa comum de hemorragia digestiva baixa, o câncer colorretal, a terceira neoplasia mais diagnosticada e uma das causas mais comuns de mortes oncológicas, sendo a colonoscopia o principal exame diagnóstico.