Introdução: O lagoftalmo decorrente da paralisia facial periférica deve ser corrigido a fim de se evitar complicações oculares. O uso de implantes de ouro como uma alternativa à tarsorrafia vem sendo estudado, mostrando bons resultados. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da implantação de peso de ouro em pálpebra superior para correção do lagoftalmo. Forma de estudo: clínico retrospectivo não randomizado. Material e método: Foram estudados retrospectivamente durante seis anos 59 pacientes com lagoftalmo secundário à paralisia facial de diversas etiologias e que foram submetidos à colocação de peso de ouro palpebral. Resultados: Em todos os pacientes foi conseguido o fechamento ocular completo. As complicações do procedimento foram raras e incluíram a extrusão do peso em 8,5% dos pacientes e infecção em 5%. O tempo de permanência do peso variou de 6 meses a 6 anos, tendo sido removido em 20,3% por melhora da paralisia facial periférica. Discussão: Vários métodos têm sido utilizados para promover a proteção ocular nos casos de paralisia facial com graus variáveis de sucesso e aceitação pelo paciente. O implante de peso de ouro em pálpebra superior é um método simples, de fácil reversão e com bom resultado estético. O tempo de permanência do peso palpebral é variável na literatura e as complicações do procedimento são raras. Conclusão: O uso do peso de ouro palpebral em pacientes com paralisia facial traz bons resultados na correção do lagoftalmo e prevenção de complicações oculares. Palavras-chave: peso de ouro, lagoftalmo, paralisia facial.