“…O impacto da prematuridade, no processo de desenvolvimento da criança, é evidenciado pelos problemas de desenvolvimento associados à menor idade gestacional (Caravale, Mirante, Vagnoni, & Vicari, 2012;Jones, Champion & Woodward, 2013). A análise de trajetórias de desenvolvimento de crianças que nasceram pré-termo, quando comparadas às crianças nascidas a termo, mostra que as primeiras têm mais problemas em áreas relevantes do desenvolvimento tais como: atraso do neurodesenvolvimento (Vieira & Linhares, 2011), problemas cognitivos (Wolke, Samara, Bracewell, Marlow & EPICure Study Group, 2008;Luu et al, 2009;Mansson, Stjernqvist, & Backstrom, 2014;Delane et al, 2016;Ionio et al, 2016;Jones et al, 2013;Lee, Pascoe & McNicholas, 2017), dificuldades de linguagem (Wolke et al, 2008;Luu et al, 2009;Manson & Stjernqvist, 2014;Woods, Rieger, Wocadlo, & Gordon, 2014;Ionio et al, 2016;Capobianco & Cerniglia, 2017), problemas de aprendizagem (Grunau, 2002;Wolke et al, 2008;Salt & Redshaw, 2006), dificuldades motoras (Mansson & Stjernqvist, 2014;Miyagishima et al, 2016;Lee et al, 2017) e dificuldades comportamentais e emocionais (Hack et al, 2009;Linhares, Chimello, Bordin, Carvalho & Martinez, 2005). Em especifico, os problemas de comportamento podem ser identificados nos três primeiros anos da criança (Delobel-Ayoub et al, 2006), na fase pré-escolar (Jones et al, 2013) e na fase escolar (Linhares et al, 2005;Treyvaud et al, 2013), sendo mais frequentes na população de crianças nascidas pré-termo, quando comparadas às crianças nascidas a termo.…”