Nutrição
INTRODUÇÃOO Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento marcado por dificuldades de comunicação social e pela apresentação de comportamentos estereotipados, repetitivos e restritos, apresentando-se clinicamente de diferentes maneiras. (ARAÚJO; VERAS; VARELLA, 2019). Estima-se que atinge cerca de 1% a 2% da população, tornando uma questão de saúde pública devido ao caráter crônico e sua prevalência (HAHLER;ELSABBAGH, 2015).O comportamento alimentar constitui a forma de coexistência e interação entre o indivíduo e o alimento. É o retorno comportamental que se dá ao ato de alimentar-se, o qual é expresso na forma como a criança se comporta durante as refeições. Este é aprendido e pode sofrer modificações ao longo da vida do indivíduo (CARVALHO et al., 2013). Crianças com TEA podem apresentar peculiaridades nos comportamentos alimentares, dentre eles, a seletividade alimentar, o que limita a diversificação dos alimentos, a neofobia alimentar, no qual se tem uma recusa ou não aceitação conforme as características sensoriais dos alimentos ou comportamentos alterados no momento da refeição, tais fatores podem trazer consequências à saúde infantil (RODRIGUES et al., 2020).Nesse contexto, a abordagem nutricional é complexa e desafiadora, sendo, portanto, fundamental a compreensão sobre quais os aspectos que estão envolvidos nos comportamentos alimentares para um manejo eficiente e que possa auxiliar na elaboração de estratégias nutricionais e na promoção da saúde em crianças autistas (MAGAGNIN et al., 2021).
OBJETIVOObjetivou-se realizar um levantamento das publicações científicas, no contexto internacional, que retratassem o panorama situacional acerca do comportamento alimentar em crianças com transtorno do espectro autista, buscando compreender seu funcionamento e as suas especificidades.