Entre abril de 2002 e julho de 2003, foram necropsiados 231 espécimes de peixes: 39 Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758), 79 A. fasciatus (Cuvier, 1819), 23 Hypostomus affinis (Steindachner, 1877), 26 Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), 30 Loricariichthys castaneus (Castelnau, 1855) e 34 Trachelyopterus striatulus (Steindachner, 1876) provenientes do Reservatório de Lajes (22º42' - 22º50'S, 43º53' 44º05'O), Estado do Rio de Janeiro, Brasil, para estudo das suas comunidades parasitárias. A maioria dos espécimes de H. affinis (95,6%) e H. malabaricus (84,6%) estavam parasitados por pelo menos uma espécie de metazoário. Em A. bimaculatus, A. fasciatus, L. castaneus e T. striatulus 41%, 39,2%, 56,7% e 14,7% dos espécimes estavam parasitados, respectivamente. Foram coletadas oito diferentes espécies de metazoários parasitos: 2 em A. bimaculatus, 3 em A. fasciatus, 3 em H. affinis, 4 em H. malabaricus, 4 em L. castaneus e 1 em T. striatulus. As comunidades de metazoários parasitos das seis espécies de peixes estudadas apresentaram típico padrão de distribuição agregada. Foram observados dois casos de correlação negativa entre a abundância e a prevalência parasitárias e o comprimento total dos hospedeiros. A comunidade parasitária de L. castaneus apresentou os maiores valores de intensidade média, índice de dispersão e diversidade. As comunidades parasitárias dos peixes estudados apresentaram escassez de correlação entre a abundância, riqueza parasitária e diversidade com o comprimento total dos hospedeiros. Os baixos valores de riqueza e diversidade das comuni-dades parasitárias podem ser atribuídos as características oligotróficas do Reservatório de Lajes.