A cultura do milho doce (Zea Mays L. Saccharata) possui exigências nutricionais, sendo o nitrogênio (N) o elemento crítico na maximização da produtividade. Pesquisas sobre o manejo do nitrogênio no milho doce são limitadas e as recomendações, quase sempre, são baseadas nas existentes para o milho comum. O objetivo foi determinar o efeito de doses de nitrogênio sobre a produtividade de espigas, valores do índice SPAD, teor de nitrogênio na folha em diferentes estádios de desenvolvimento da planta e teores de açúcares nos grãos de milho doce. Quatro experimentos foram realizados. No experimento I, o híbrido FT 2015 foi utilizado e a semeadura ocorreu em 30 novembro de 2018. Nos experimentos II e III foram utilizadas sementes das variedades de milho super doce (Havai e Aruba), ambos implantados simultaneamente em 12 de março de 2019. No experimento IV foi utilizado o híbrido FT 2015 semeado em 17 novembro de 2020. Os experimentos foram conduzidos na Horta Nova, do Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em solo classificado como Podzólico Vermelho-Amarelo Câmbico. O delineamento foi em blocos ao acaso com cinco tratamentos e cinco repetições, para todos os experimentos. Os tratamentos foram constituídos por doses de N (0, 125, 250, 375 e 500 kg ha -1 ), tendo como fonte a ureia (45% de N), aplicadas em três épocas: 30% no sulco, no momento da semeadura; 35% em cobertura, quando as plantas apresentaram seis folhas (estádio V6); e 35% em cobertura, quando as plantas estavam com 12 folhas completamente desenvolvida (estádio V12). As características avaliadas foram estande, índice SPAD da folha, altura de planta, diâmetro do colmo, massas fresca e seca da planta e de grão; teor de nitrogênio nas folhas e nos demais órgãos da planta; características da espiga (comprimento, diâmetro, número de fileira de grãos, número de grão por fileira, número e massa de espiga, com e sem palha, e porcentagem de espiga comercial. Adicionalmente foi determinado o teor de açúcares solúveis totais, açúcares redutores e amido no grão. Conclui-se que as maiores produtividades de espiga sem palha ESP foram 12,98; 8,64; 4,80 e 14,85 t ha -1 nos experimentos I, II, III e IV, respectivamente. A produtividade de ESP foi influenciada pela dose de N, cujo valor ótimo na folha foi 298 e 323 kg ha -1 de N nos dois experimentos onde ocorreram as maiores produtividades (Exp. I e Exp. IV), respectivamente. A produtividade de ESP foi maior na dose de 298 e 323 kg ha -1 N. Nestas, o teor de N no grão não diferiu e alcançou o valor médio de 24,1 g kg -1 e, dependendo de dose de N e do estádio fenológico da planta, o valor do índice SPAD variou de 40,73 a 67,12 e o teor de N na folha de 14,05 a 30,52 g kg -1 . Os teores de amido, açúcares redutores e açúcares solúveis totais nos grãos foram diferentemente influenciados por doses de N, cultivares e anos de execução dos experimentos. Palavras-chave: Milho doce. Clorofilômetro. Adubação nitrogenada. Crescimento vegetativo. Produção de espigas.