Este trabalho teve como objetivo estudar a viabilidade ambiental da aplicação da cal hidratada comercial do tipo I (CH-I) e do hidróxido de sódio padrão analítico (NaOH P.A) em processos de alcalinização/ precipitação química utilizando lixiviado de aterro sanitário. Para isso, no mês de maio/2021, coletou-se aproximadamente 1 m3 de lixiviado no Aterro Sanitário em Campina Grande (ASCG), Paraíba, Brasil, em caminhão-tanque, o qual foi armazenado em um reservatório de polietileno, nas dependências físicas da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Sede. Posteriormente, cerca de 0.001 m3 de lixiviado foram coletados, em triplicata, para a realização dos ensaios de alcalinização, que tiveram por finalidade aumentar o potencial hidrogeniônico (pH) do referido efluente para 10 ± 1 e 12 ± 1 e verificar a precipitação química do cobre (Cu), cromo (Cr) e níquel (Ni) total, bem como a remoção de cor, turbidez e nitrogênio amoniacal total (NAT), utilizando a CH-I e o NaOH P.A. Os resultados retrataram que foram necessários 28.45 g de CH-I e 5.59 g de NaOH P.A para elevar o pH do lixiviado à 10 ± 1. Em relação ao aspecto econômico, é mais vantajoso usar a CH-I no processo de alcalinização/precipitação química, pois seu custo foi cerca de 12 (pH = 10 ± 1) e 17 (pH = 12 ± 1) vezes menor em relação ao NaOH P.A. Observou-se que a CH-I apresentou o melhor desempenho na redução de cor aparente (60 a 90%) e NAT (> 8%), e teve eficiência similar ao NaOH P.A na remoção do Cr (pH = 12 ± 1), Cu e Ni, alcançando valores superiores a 30, 90 e 40%, respectivamente. Diante dos resultados expostos, concluiu-se que, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental, a CH-I demonstrou ser a melhor espécie química a ser aplicada em processos de alcalinização/precipitação utilizando lixiviado de aterro sanitário de região Semiárida.