SUMMARYEctopic ACTH syndrome is a rare disease often associated with severe hypercortisolism. When feasible, optimal management is surgical excision of the tumor. A 33-year-old male patient was admitted to the hospital in 1993 with clinical manifestations suggestive of Cushing's syndrome. He presented high plasma ACTH and markedly elevated urinary free cortisol excretion that was not suppressed with high-dose dexamethasone administration. Pituitary MRI scan was normal. No central-to-peripheral ACTH gradient was present in bilateral inferior petrosal sinus sampling. Thoracic CT scan showed a 1.7 cm nodule at the left lung. Pulmonary fine needle cytology and immunocytochemical and ultrastructural studies, together with the presence of bone metastases, led to the diagnosis of an ACTH-producing neuroendocrine carcinoma. He was initially submitted to chemotherapy and has been on treatment with octreotide LAR since 1998, having shown a favorable clinical, biochemical and imaging response. We highlight the excellent longterm response to medical therapy with octreotide LAR, without tachyphylaxis, probably due to its antiproliferative effect. Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(7):461-4 SUMÁRIO A secreção ectópica de ACTH é uma síndrome rara associada habitualmente à hipercortisolemia grave. A remoção cirúrgica do tumor é o tratamento de primeira linha, sempre que seja exequível. Homem com 33 anos, internado em 1993 com manifestações clínicas sugestivas de síndrome de Cushing, apresentava valores elevados de ACTH plasmática e excreção urinária de cortisol livre muito aumentada, sem supressão na prova com dose alta de dexametasona; RM hipofisária sem alterações; cateterismo bilateral dos seios petrosos inferiores sem gradiente central-periférico de ACTH. A CT de tórax mostrou um nódulo de 1,7 cm no pulmão esquerdo. O diagnóstico de carcinoma neuroendócrino produtor de ACTH foi feito com base nos resultados citológico, imunocitoquímico e ultraestrutural, juntamente com a presença de metástases ósseas. Foi inicialmente submetido à quimioterapia e encontra-se em tratamento com octreotide LAR desde 1998, apresentando resposta clínica, bioquímica e imagiológica favorável. Destacamos a excelente resposta a longo prazo à terapêutica com octreotide LAR, sem taquifilaxia, provavelmente devido ao seu efeito antiproliferativo. Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(7):461-4