“…Barata;Ribeiro, 2000;Borges; Alencar, 2015;Corrêa;Lobo, 2019;Fazzioni, 2019; Guimarães et al, 2011; Sanches et al, 2009;Silva et al, 2021) reiteraram que as áreas com maior incidência de VA são aquelas em que vive a população mais pobre e vulnerável.Guimarães et al (2011) identificam numa região empobrecida do Rio de Janeiro, vulnerabilidades como monopólio da venda de gás, controle do direito de ir e vir e aliciamento de jovens pelo narcotráfico; abordagem agressiva da polícia que atira sem cuidado, humilha e ameaça pessoas; ausência de oportunidades de emprego; habitações precárias que por vezes não têm banheiro ou acesso a saneamento básico; alto número de moradores por residência; esgoto a céu aberto; e dificuldade de acesso a serviços de saúde e à educação(Guimarães et al, 2011) Silva et al (2021). também apontam a recorrência em tais espaços de um cenário cotidiano de violência estrutural, racial, armada, interpessoal e comunitária, relacionando-o às desigualdades sociais, raciais, de gênero e etárias que marcam o país, e que faz com que o acesso a direitos ainda não seja uma realidade para toda a população.…”