Resumo Este artigo analisa a segregação por sexo nos cursos presenciais de ensino superior brasileiro, investigando suas causas, características e evolução no tempo. Para tanto, são calculados indicadores sintéticos de segregação com base nas edições de 2000 e 2017 do Censo da Educação Superior. Nesse período, a queda no grau geral de segregação foi tímida e resultou de dois movimentos opostos: a redução da estratificação de homens e mulheres entre as grandes áreas de conhecimento, contrabalançada pelo aumento da segregação dentro delas. Assim, ao nível mais agregado de análise, há tendência à integração por sexo dos campos de estudo. Porém, em se tratando de carreiras específicas, persistem os estereótipos de gênero, com segmentação entre cursos tipicamente masculinos e femininos.