Educação Ambiental: um relato de experiência na Comunidade Indígena assuriní, município de Tucuruí (PA)

Abstract

O objetivo desta pesquisa é relatar as experiências vivenciadas nas ações de resíduos sólidos realizadas pelo Grupo de Estudos em Educação Ambiental (GEA-CAMTUC), projeto de extensão da Universidade Federal do Pará, Campus Tucuruí, na comunidade indígena Assuriní do Trocará, no ano de 2019. O estudo evidenciou que a Educação Ambiental no ensino não formal atrelada aos saberes ambientais indígenas é fundamental para a mitigação de impactos relacionados à saúde e ao saneamento básico, aos quais o povo Assuriní tem sido submetido durante seus processos de deslocamentos.

Relato de experiência: Sensibilização e reflexão ambiental em uma comunidade Indígena por oficina e roda de conversa

“…The students showed a lot of interest in making the paint, which is in agreement with the work of Silva et al (2022) Activities developed with paints are common in children's lives, but the use of natural paints, such as soil or plant-based paint, presents another dialogue in relation to the subject-environment.…”

“…

Indigenous communities have a lifestyle linked to nature, considering the resources available within their borders (ALMEIDA et al, 2016). However, with the advance of urbanization, it is possible to observe environmental problems resulting from the lack of selective garbage collection, basic sanitation, and pollution of water bodies (LOUZADA et al, 2022).

…”

Educação Ambiental e percepção sobre meio ambiente em uma escola indígena na Amazônia Oriental (PA)

“…A internalização de valores ecológicos ocorre através da convivência diária, das conversas com os mais velhos, em que as crianças, desde cedo, aprendem a lidar com a natureza, pois a ecologia está ligada à cosmologia indígena (STUMPF, 2014b). Com o avanço da urbanização, a mudança no modo de vida e da cultura dessas comunidades foi inevitável (VALENTE; KAHWAGE, 2017;LOUZADA et al, 2022). Os problemas decorrentes da falta de coleta de resíduos sólidos nas comunidades indígenas é objeto de preocupação (NASCIMENTO; ZANON, 2018) e constante discussão, a fim de garantir a integridade do patrimônio indígena e a melhoria da qualidade de vida da população, que fica menos sujeita a problemas relacionados ao saneamento básico, à proliferação de vetores, à disseminação de doenças, à poluição dos corpos hídricos, dentre outros impactos.…”

“…Os problemas decorrentes da falta de coleta de resíduos sólidos nas comunidades indígenas é objeto de preocupação (NASCIMENTO; ZANON, 2018) e constante discussão, a fim de garantir a integridade do patrimônio indígena e a melhoria da qualidade de vida da população, que fica menos sujeita a problemas relacionados ao saneamento básico, à proliferação de vetores, à disseminação de doenças, à poluição dos corpos hídricos, dentre outros impactos. Louzada et al (2022) realizaram um mutirão de limpeza, além de dinâmicas, palestras e entrevistas com a comunidade indígena Assuriní do Trocará, município de Tucuruí, Pará. A construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e a construção da rodovia Transcametá (BR-422) forçou os indígenas a se deslocarem, o que facilitou o acesso ao perímetro urbano do município.…”

“…Quando praticada de forma interdisciplinar, a EA integra diferentes dimensões, saberes e metodologias, que visam minimizar os problemas ambientais, de forma simples, objetiva e prática (COSTA; SILVA, 2011). Assim, atrelada aos saberes indígenas, mostra-se fundamental para a mitigação de impactos relacionados à saúde e ao saneamento básico dessas comunidades (LOUZADA et al, 2022). Desse modo, a EA tem um importante papel, que visa proporcionar aos indivíduos uma reflexão crítica sobre sua relação com o meio em busca de melhores condições de vida, pois lhes permitem transformar e intervir em sua realidade, por meio do conhecimento construído através do saber popular local somado ao conhecimento científico, norteando o resgate dos valores tradicionais indígenas (TOLEDO; PELICIONE, 2009;OLIVEIRA et al, 2021).…”