Educação em saúde na estratégia de saúde da família: percepção dos profissionais

Abstract

Analisar a percepção dos profissionais de saúde de uma Equipe de Saúde da Família sobre as atividades de educação em saúde conduzidas na rotina de trabalho. Métodos: Pesquisa qualitativa realizada no período de maio a junho de 2012, mediante entrevista semiestruturada com oito profissionais de saúde de diferentes categorias em uma Unidade de Saúde da Família (USF) localizada em Recife-PE. Analisaram-se as entrevistas mediante análise de conteúdo por meio da modalidade temática. Resultados: Entre os profissionais entrevistados, pode-se identificar que existe uma ideia de educação em saúde pautada nos preceitos da educação participativa e de caráter crítico-reflexivo, principalmente quando o profissional reconhece o saber da comunidade e proporciona espaços de troca de conhecimento e construção coletiva. Entretanto, isso não foi um conceito unânime, pois ainda identificou-se uma concepção de que a educação em saúde tem o propósito de "ensinar" o que é "correto", objetivando a adoção de comportamentos mais saudáveis. Conclusão: Os profissionais entrevistados apresentaram percepções distintas sobre as atividades de educação em saúde. Essas percepções contemplaram elementos tanto de uma prática mais tradicional, pautada na transmissão de informações, como ideais de uma prática emancipatória, que valoriza o saber popular e convida os indivíduos a serem corresponsáveis pelo cuidado em saúde.

Política de Educação Popular: práticas na Estratégia Saúde da Família

“…It is noteworthy that, through these agreements, there is the exchange between what is called in the PHE of scientific and popular knowledge, being essential to identify the ways that favor the articulation between this knowledge, and to update the traditional view that the user should comply with the scientific knowledge transmitted by professionals, with a view to building more effective and comprehensive care practices. 19 It is noticed that the obstacles in the daily practice, such as the difficulty in making appointments and the lack of inputs, as a hindrance to the practices of the PHE, dialoguing with the moment in which setbacks and risks to UHS in the political-economic scenario of the country are allocated. It is argued that, in an alleged flexibility, the National Policy of Primary Care (NPPC), legitimized by cuts in health investments through Constitutional Amendment No.…”

“…It is stated that the principle of dialogue, present in PNEPS-UHS, is referred to when the speeches evidenced the sharing of knowledge and the valorization of the user's knowledge, recognizing that there is not only one knowledge over another. 5,19 Respondents refer to a horizontal and respectful relationship, appreciating previous experiences for the construction of new health practices.…”