No Brasil, jovens de 18 anos ao participarem dos tiros de guerra (TG) são convidados a realizarem atividades junto à comunidade, entre elas, a realização da doação de sangue (DS). Esta ação, entretanto, muitas vezes é um ato único na vida do atirador. O objetivo foi analisar o conhecimento de atiradores do TG sobre os temas DS e Medula Óssea (MO) e sua intenção em tornar-se um doador de sangue fidelizado. Trata-se de um relato de experiência com análise documental, realizado com 200 atiradores de um TG de Minas Gerais a partir de atividades de extensão universitária com palestras e aplicação de dois questionários, sendo os resultados descritos em frequência e analisados pelo teste de Qui-quadrado. A maioria dos atiradores apresentavam ensino médio completo. Antes de se alistarem, somente 34,5% dos atiradores tinham conhecimento do seu tipo sanguíneo e 8% haviam doado sangue. Após as ações de extensão, 182 doações de sangue foram realizadas. Um número significativo dos atiradores que realizaram a DS possuía parentes que precisaram de transfusão. Dos atiradores, 82% pretendem se fidelizar como doadores de sangue. O número de atiradores cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de MO aumentou de 3,7% para 17% quando comparamos antes e após as ações de extensão. Este trabalho evidencia que a parceria escola/universidade/comunidade, utilizando diferentes abordagens e veículos de comunicação para conscientização direcionada a realidade dos adultos jovens, colabora para a captação de novos doadores de sangue e fidelização daqueles que se identificam com esta demanda social.