Considerando o impacto das infecções sexualmente transmissíveis (IST) na saúde pública, a educação em saúde assume um papel relevante na promoção da saúde, principalmente na escola pela vulnerabilidade dos adolescentes e jovens a essas infecções. Nesse contexto, este trabalho buscou analisar como professores de Ciências e Biologia compreendem sua prática educativa no âmbito da saúde sexual e reprodutiva, com destaque para as infecções de transmissão sexual. Norteado pelo estudo qualitativo, as percepções de profissionais de escolas públicas de um município de Alagoas, foram obtidas através de questionário semiestruturado. Um corpus textual monotemático foi organizado e processado no programa Iramuteq, sendo submetido à classificação hierárquica descendente, seguido da análise e discussão das categorias temáticas obtidas. A prática educativa em saúde dos professores investigados apresentou maior aproximação ao modelo educativo em saúde tradicional, mas, permeada por uma prática dialógica ainda incipiente. Houve destaque ao trabalho educativo sobre IST, com utilização de ferramentas de ensino diversificada, comprometimento e empenho dos professores em executar essa tarefa. No entanto, foram identificadas limitações e fragilidades que apontam para a necessidade de se investir no fortalecimento das práticas educativas em saúde que favoreçam a comunicação dialógica, assim como, na maior apropriação e aplicabilidade dos conhecimentos sobre IST pelos professores.