A Síndrome Congênita do Zika Vírus é uma importante enfermidade que emergiu no Brasil no ano de 2015 e não existe cura para esta síndrome. O tratamento medicamentoso visa melhorar a qualidade de vida dos portadores desta doença; entretanto, a terapia medicamentosa com o uso de múltiplos fármacos pode acarretar efeitos adversos e interações medicamentosas. O objetivo do trabalho foi realizar o cuidado farmacêutico com os pacientes pediátricos portadores da Síndrome Congênita do Zika Vírus. Trata-se de um garanestudo longitudinal realizado na Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba e no Centro Especializado em Reabilitação, ambos localizados na cidade de Campina Grande, PB, durante 8 meses. Foram 5 atendimentos por pacientes pediátricos, um a cada mês, utilizando a metodologia Phamacoterapy WorKup e a base de dados Micromedex®. No total, foram avaliados 23 pacientes, 29 prescrições e 71 medicamentos pertencentes a 9 classes farmacológicas. Os anticonvulsivantes foram os mais prescritos. Quanto à comorbidade existente, 8 pacientes apresentaram duas ou mais doenças etiologicamente relacionadas. Houve 35 (49,2%) interações medicamento-medicamento, destas, 8 (22,9%) com efeito grave, 23 (65,7%) moderado, 4 (11,4%) menor e nenhuma contraindicada, além de 32 interações medicamentoalimento e 43 medicamento-laboratório. Os problemas relacionados aos medicamentos identificados foram 42; a ineficácia [23 (55%)] sendo o mais frequente. Portanto, é fundamental o acompanhamento farmacoterapêutico aos pacientes pediátricos portadores da Síndrome Congênita do Zika Vírus para avaliar o uso racional destes medicamentos, no qual o Cuidado Farmacêutico pode fazer a diferença na utilização segura e adequada dos fármacos.