Visando a melhoria da qualidade do ar e mitigação dos impactos ambientais, a substituição da queima da palhada da cana-de-açúcar pela colheita mecanizada tem ganhado destaque. A adoção de colhedoras é também uma alternativa para escassez de mão de obra, proporcionando benefícios econômicos e ambientais. No entanto, o uso de máquinas na lavoura pode causar problemas como compactação do solo, danos à soqueira e perdas de matéria-prima. Para abordar esses desafios, a Agricultura de Precisão (AP) surge como uma solução. Por meio do autodirecionamento por piloto automático, é possível implementar o tráfego controlado de máquinas, minimizar danos à plantação e otimizar a operação de colheita. Sendo assim, essa pesquisa buscou avaliar as perdas de matéria-prima na colheita mecanizada de cana-de-açúcar usando colhedoras autopropelidas, comparando o uso de tecnologias georreferenciadas e piloto automático em dois anos diferentes. Realizado na usina Agrovale, localizada em Juazeiro-Bahia, o estudo utilizou um drone para mapear a área de plantio comercial de cana-de-açúcar e gerar trajetórias precisas para as colhedoras. Os resultados revelaram uma redução significativa de 47,61% nas perdas de matéria-prima de 2020, em comparação com 2019 quando não houve o mapeamento. Isso destaca a importância das geotecnologias na agricultura, melhorando a eficiência das colhedoras, aumentando os retornos financeiros e contribuindo para benefícios ambientais por meio do aproveitamento máximo dos recursos colhidos. Portanto, a combinação de colheita mecanizada, Agricultura de Precisão e geotecnologias demonstra grande potencial para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes.