Efeito da estimulação elétrica de alta voltagem para o tratamento de úlceras por pressão: um estudo experimental de caso único

Abstract

Introdução: O trauma raquimedular é um fator de risco para o desenvolvimento de úlcera por pressão, em decorrência das várias alterações sensitivas e motoras que o acompanham. A estimulação elétrica de alta voltagem é um meio de administrar estímulos elétricos para promover a cicatrização de feridas. O uso dessa terapia pode promover o aumento do fluxo sanguíneo, fagocitose, melhora da oxigenação, redução do edema, atração e estimulação de fibroblastos e células epiteliais. Objetivo: Avaliar a eficácia da estimulação elétrica de alta voltagem em um participante do gênero masculino, portador de úlcera por pressão sacral. Métodos: Foi aplicada sobre a úlcera a estimulação elétrica; um eletrodo de borracha siliconizada com gaze estéril embebida em soro fisiológico foi posicionado sobre a lesão. A corrente elétrica foi realizada por um tempo de 45 minutos/sessão, três vezes por semana, durante quatro semanas, totalizando doze sessões. Resultados: Os resultados mostraram uma porcentagem de 17% de redução na área, além de um melhor aspecto da ferida, sugerindo maior número de sessões para resultados mais satisfatórios. Conclusão: Os parâmetros utilizados no presente estudo mostraram-se eficazes em aprimorar a cicatrização da lesão do paciente, porém insuficientes para o fechamento completo da ferida.Palavras-chave: úlcera por pressão, estimulação elétrica de alta voltagem, cicatrização de feridas.

Knowledge on therapies for pressure ulcer: an integrative review

“…O estudo destacou melhora progressiva relacionada com as características e os aspectos da lesão: a coloração se manteve avermelhada e as bordas se tornaram mais regulares, demonstrando um ambiente propício e favorável à cicatrização. Essas mudanças observadas são esperadas, uma vez que a estimulação elétrica favorece a angiogênese, reduzindo a inflamação, por conseguinte, evoluindo para o processo de remodelação tecidual (13) .…”

Parâmetros usados na eletrofototerapia para a cicatrização de feridas: Uma revisão de escopo

“…A interrupção ou descontinuidade da pele pode caracterizar uma ferida, que é um problema bastante comum entre as pessoas, pois pode afetar qualquer indivíduo independentemente da idade, raça ou classe social (Evangelista et al, 2012;Leal & Carvalho, 2012). Após um dano, o desenvolvimento do processo de reparação tecidual segue uma série de eventos bioquímicos e celulares que buscam restaurar o tecido, onde qualquer desequilíbrio, carência ou insuficiência de recursos, podem afetar a cicatrização (García-Pérez et al, 2018;Ruh et al, 2018;Souza et al, 2018;Vitoriano et al, 2019).…”

“…Os mecanismos de reparação tecidual podem ser influenciados pela fisioterapia, pois, a eletroterapia e a fototerapia (comumente denominadas em conjunto como eletrofototerapia) são modalidades terapêuticas que podem ser usados nos vários tipos de danos que podem vir a ocorrer aos tecidos biológicos, sendo que quando utilizados de forma adequada aceleram o processo de reparo tecidual (Souza et al, 2018;Silva et al, 2019), atuam no controle da dor, controle bacteriano e ainda podem produzir uma cicatrização esteticamente satisfatória (Moura et al, 2014).…”

“…Dentre os recursos fototerapêuticos temos o laser de baixa intensidade (LLLT) (Santos et al, 2018), o LED (light emitting diode) (Rosa et al, 2019;Vitoriano et al, 2019). Já a eletroterapia, utiliza da aplicação de correntes elétricas no tratamento das feridas, sem geração de calor perceptível (Souza et al, 2018). Entre seus recursos temos a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) (García-Pérez et al, 2018), corrente contínua de baixa intensidade (CCBI) (Mohajeri-Tehrani & Annabestani, 2014), e a corrente de alta voltagem (CAV) (Karsli et al, 2017).…”

“…Todos esses recursos atuam a nível celular, sendo indicados em vários casos referentes a danos teciduais Leal & Carvalho, 2012;Santos et al, 2018;Souza et al, 2018;Silva et al, 2019). Nesta revisão sintetizou-se evidências sob os parâmetros utilizados para a cicatrização de feridas através de modalidades eletrofototerapêuticas em pacientes com LPPs e UDs aplicando sob esses estudos a avaliação metodológica através da Escala PEDro.…”