Efeito da laminação a frio na reversão parcial da martensita em austenita durante tratamento térmico de envelhecimento de aço maraging 350.

Abstract

Ao meu querido orientador Prof. Dr. Angelo Fernando Padilha, que muito me ensinou e colaborou enormemente com o trabalho, sempre com bom humor e humildade, sendo um exemplo de orientador e ser humano.Ao antigo orientador, não menos querido, Prof. Dr. Hamilton Ferreira Gomes de Abreu, que me proporcionou a melhor oportunidade de mestrado que poderia ter e que mesmo à distância colaborou para melhoria do trabalho.A minha família que sempre me apoiou e me incentivou nos estudos, em especial minha avó, que é uma mulher à frente de seu tempo, sendo um exemplo a ser seguido. Ao prestimoso Dr. Julián David Escobar Atehortua, pelas oportunidades apresentadas e imensa ajuda com ensaios e resultados, além das boas conversas e descontrações.Ao minucioso Ms. Giovani Gonçalves Ribamar, pela grande ajuda com textos, experimentos e resultados, além de toda paciência, cuidado e cobrança.Ao querido amigo Profº Leandro Carvalho que deu início a esta linha de pesquisa, sendo seus avanços a base inicial deste trabalho.Ao grupo de pesquisa, informalmente, formado após tantos experimentos com síncrotron, composto pelos atenciosos Prof. Dr. Julian Arnaldo Ávila, Prof. Dr. João Oliveira e Ms. Fábio Conde, que ajudaram com informações, resultados e oportunidades.Aos amigos mestres Daniela Passarelo, César Narita e André Bernardes que foram sempre solícitos em ajudar com experimentos e conversas esclarecedoras nos intervalos para café.

Influência Do Tratamento Térmico Na Reversão Da Martensita À Austenita Do Aço Maraging 350

“…É possível perceber diferenças de coloração claro e escuro dos blocos dentro dos pacotes de martensita na Figura 1, devido à diferença de orientação cristalográfica dos blocos. Assim, os blocos que são atacados mais intensamente pelo reagente utilizado aparecem na micrografia com coloração escurecida [5]. Vide na Figura 3 a representação ilustrativa da microestrutura da martensita em ripas formada nos aços maraging.…”

“…A quantificação do teor de austenita revertida, após cada condição de tratamento térmico, foi realizada a partir da técnica de difratometria de raios-X em equipamento Strainflex MSF-3M/PSF-3M da marca Rigaku, com radiação CrKα. O teor de austenita em uma amostra martensítica neste equipamento é estimado a partir da relação entre a intensidade integrada, ou seja, a área abaixo do pico de difração de um certo plano para duas diferentes fases, considerando-se que a intensidade do pico é proporcional à fração volumétrica da fase correspondente, no caso da amostra contendo textura cristalográfica [5]. No presente trabalho, foram medidas as intensidades integradas dos picos de difração do plano {220} da austenita, com 2θ entre 120° -140°, e do pico de difração do plano {211} da martensita, com 2θ entre 140° -170°, considerando-se que a soma das frações volumétricas destas fases é igual a 1 e desconsiderando-se o background das medições.…”

“…O método é utilizado para a quantificação do teor de fase ferromagnética em materiais paramagnéticos, em aços inoxidáveis austeníticos e duplex e para determinação do teor de martensita induzida por deformação nesta última classe de aços. Outra aplicação da técnica de ferritoscopia, a qual já foi utilizada em trabalhos anteriores, é a quantificação do teor de austenita proveniente da reversão da martensita em aços maraging, visto que a austenita é uma fase paramagnética e a martensita é ferromagnética [5][6]. O funcionamento do equipamento baseia-se no método de indução magnética, em que um campo magnético de baixa frequência é gerado por uma bobina, o qual interage com a parcela magnética da amostra em análise.…”

Transformações de fases no estado sólido em aços maraging 13Ni (400) com variações nos teores de molibdênio e titânio.

“…As amostras MS1 e MSC2 apresentaram as estruturas de pacotes e blocos já observadas nas imagens de MO e MEV com diversas orientações distribuídas aleatoriamente, similar à microestrutura característica dos aços maraging que tem sido reportada pela literatura. [113,122,123] Cada pacote apresentou pelo menos três orientações diferentes (Figura 52.a e Figura 52b). Já para a amostra MS3, as imagens de EBSD sugeriram uma orientação preferencial na direção <112> (rosa) tanto para as regiões contendo martensita quanto austenita.…”

“…Já em relação à austenita revertida, formada durante o superenvelhecimento, há diversos trabalhos e a metalurgia física da formação desta fase tem sido cada vez mais estudada. O interesse em obter-se austenita revertida em aços maraging existe, pois, sua presença aumenta a tenacidade do material [28,93,113] Entretanto, há também alguns trabalhos focados em alterar a composição de aços maraging a fim de obter-se austenita retida, são chamados pelos autores de aços maraging TRIP.…”