RESUMO Objetivo: avaliar os efeitos da arginina na cicatrização da parede abdominal de ratos Wistar. Métodos: vinte ratos Wistar foram submetidos à laparotomia e separados em dois grupos (arginina e controle), que receberam tratamento diário por via intraperitoneal com arginina (300mg/kg/dia) e solução tampão fosfato em dose equivalente ao peso, respectivamente, durante cinco dias. No sétimo dia pós-operatório, coletaram-se amostras de sangue e da cicatriz da parede abdominal de ambos os grupos. Avaliaram-se o nível sérico de nitratos e nitritos, a evolução cicatricial pelas dosagens de hidroxiprolina tecidual, formação de tecido de granulação, determinação da porcentagem de colágeno maduro e imaturo, densidade de miofibroblastos e angiogênese. Empregaram-se os testes de ANOVA e t de Student com p=0,05 para as comparações entre os grupos. Resultados: não ocorreram diferenças significantes entre os grupos estudados para dosagens de nitratos e nitritos (p=0,9903), hidroxiprolina tecidual (p=0,1315) e densidade de miofibroblastos (p=0,0511). O grupo arginina apresentou maior densidade microvascular (p=0,0008), maior porcentagem de colágeno tipo I (p=0,0064) e melhora na formação do tecido de granulação, com melhores índices de proliferação angiofibroblástica (p=0,0007) e re-epitelização das bordas (p=0,0074). Conclusão: na avaliação cicatricial da parede abdominal de ratos Wistar sob tratamento com arginina, não houve alteração do nível sérico de nitratos e nitritos, da deposição de colágeno total e da densidade de miofibroblastos. Verificaram-se aumento da maturação de colágeno do tipo I, da densidade microvascular e melhora na formação do tecido de granulação cicatricial pelas melhores re-epitelização de bordas e proliferação angiofibroblástica.