Ao explorar dados espectrais da vegetação deve-se considerar eliminar ou reduzir os efeitos da geometria de iluminação e observação, bem como as implicações associadas aos efeitos topográficos. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito topográfico sobre índices de vegetação (SR, NDVI, EVI e RENDVI) na região da Serra do Mar, no estado do Paraná, utilizando dados da constelação Rapideye, após o emprego dos métodos semiempíricos de correção topográfica Minnaert e Correção-C. Observou-se que os dois métodos de correção empregados diminuíram o efeito topográfico nas bandas, proporcionando diminuição no valor do desvio padrão, o que propiciou uma menor correlação entre o fator cosseno e a refletância. Para o método Minnaert observou-se uma diferença significativa (95% confiança) entre todas as bandas não corrigidas e as corrigidas topograficamente. Para o método da Correção-C, a diferença não foi significativa (p-value > 0,05) para as bandas Red-Edge e NIR. Na avaliação sobre os índices de vegetação calculados com as imagens sem e com correção topográfica, foi aplicado o teste não paramétrico de Wilcoxon, atestando que apenas a correção Minnaert apresentou uma diferença significativa de 95%, sendo para este estudo o método mais eficaz na redução do efeito topográfico. Apesar da magnitude do efeito das diferenças da métrica de Cohen (r) ter sido baixa, se faz necessária aplicação de métodos de correção topográfica para uma redução consistente do efeito topográfico nos índices de vegetação de terrenos acidentados, proporcionando a extração de informações espectrais mais fidedignas. Percebeu-se ainda que índices normalizados são menos sensíveis aos efeitos topográficos.