A ocorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave assumiu proporções pandêmicas após o incremento do SARS-CoV-2, afetando mais de 100 países em poucas semanas no início de 2020, apontando a necessidade de resposta global imediata. Nesse escopo, foi desenvolvida investigação com objetivo de analisar quais fatores socioepidemiológicos e ambientais influenciam o adoecimento respiratório viral. Pesquisa quantitativa, epidemiológica, descritiva e espacial. A coleta de dados ocorreu por meio do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe. Os dados meteorológicos foram coletados a partir do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e os dados sociodemográficos dos municípios no portal de domínio público do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram realizados testes estatísticos para verificar a associação entre os fatores socioepidemiológicos, ambientais e o adoecimento respiratório viral humano decorrente da SRAG. Observa-se que houve aumento em 2020 de 817,3% de SRAG em relação ao ano de 2019. Os vírus Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório, Parainflenza, Adenovírus, Metapneumovírus e Bocavírus tiveram maiores registros no ano de 2019. O Rinovírus teve um aumento substancial no ano de 2020 (relatou-se 365 casos em 2019 e 1195 casos em 2020). Em 2020 foram registrados 27961 casos de SRAG ocasionada pelo Sars-CoV-2. Por meio do método Scan espacial, em 2019 formaram-se seis conglomerados de cidades no estado do Paraná e em 2020 formaram-se dezoito conglomerados de cidades no estado. A maioria dos pacientes acometidos pela SRAG é do sexo masculino, de cor branca, e ensino fundamental 1° ciclo e provenientes da zona urbana. No que se refere à hospitalização a maioria precisou de tratamento em ambiente hospitalar sendo que 64,66% dos pacientes necessitaram de suporte ventilatório com presença de tosse (93,53%), febre (86,74%) e desconforto respiratório (82,66%) dentre outros. Concernente a correlação entre adoecimento respiratório viral e o meio ambiente, a temperatura mínima para o ano de 2020 apresentou correlação positiva significativa com a taxa de SRAG (0,56), não sendo detectada para as demais variáveis correlação significativa. as afecções virais do sistema respiratório constituem vasto espectro de adoecimento, apresentando-se desde um resfriado comum até complicações com sério risco de morte devido sua letalidade como ocorre na infecção pelo SARS-CoV-2. Esta característica aponta para necessidade de aprofundamento de estudos que possam compreender o adoecimento respiratório viral e os fatores envolvidos na vida das pessoas adoecidas.