Os diversos meios de comunicação e mídias, como televisão, computador, rádio, smartphones, jornais eletrônicos e impressos, blogs e vlogs, mídias sociais, podcasts e aplicativos têm papel fundamental para transmitir informações a população a respeito de um determinado tema (1) . Nas últimas décadas, a internet tem propiciado o uso das redes sociais para comunicação, busca e compartilhamento de informações, dentre as quais, aquelas relacionadas com a temática de saúde (2) , com ampla participação de diferentes grupos sociais (3) , no entanto podem ser divulgadas informações inadequadas, falsas, incompletas e até mesmo com intenções obscuras de grupos de interesse, podendo incorrer em risco às pessoas e a coletividade (1) .A pandemia do COVID-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, constitui-se em contexto propício para o surgimento do fenômeno denominado infodemia, já abordado neste livro. Nesse contexto, as informações, desinformações, más informações, fake news veiculadas em diversas mídias têm se tornado um problema mundial. As fake news (notícias falsas) são definidas como "quaisquer notícias, informações, dados e relatórios parcialmente ou totalmente falsos", produzidas de forma inverossímil, publicadas tanto de forma digital quanto física, por órgãos de imprensa, civis, nacionais ou estrangeiros sem a devida averiguação levando ao leitor a pseudoinformações (4) .Os fatores que têm contribuído para a disseminação das fake news nesse cenário são: i) aumento da necessidade de informação sobre o tema; ii) maior incidência de mortalidade entre idosos, mais vulneráveis; iii) uso da tecnologia e das mídias sociais em larga escala para divulgação de informações sobre a doença. A especulação em relação ao certo ou errado foi e ainda é um problema de (des)informação, além da negação da gravidade da pandemia por muitos.