Efeito do nível de escolaridade sobre a fecundidade no Brasil

Abstract

Este estudo tem como objetivo central analisar o efeito do nível de escolaridade sobre a fecundidade das mulheres brasileiras. Para tal, utiliza-se um modelo Probit Ordenado com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2015. Especificamente, leva-se em consideração na amostra mulheres com idade entre 15 e 49 anos, pois esta faixa etária corresponde, oficialmente, ao período fértil da mulher, conforme utilizado para o cálculo da taxa de fecundidade total. Nos resultados, verificou-se que o nível mais elevado de escolaridade diminui a fecundidade das mulheres brasileiras e, dessa forma, a taxa de fecundidade total do país. Com relação à finalização dos ciclos escolares, é possível concluir ainda que a conclusão do ensino médio é a que mais contribui para a redução do número de filhos, seguida da finalização do ensino superior e ensino fundamental. Assim, conclui-se que a promoção de políticas públicas educacionais pode contribuir para maior empoderamento feminino e consequente controle da natalidade.

O brincar na zona rural: uma comparação entre o ontem e o hoje

“…A partir de seus estudos explicam que isso vem a ocorrer uma vez que elevados níveis de escolaridade refletem no aumento do empoderamento feminino, contribuindo assim para o fortalecimento da autonomia das mulheres no que diz respeito à tomada das suas próprias decisões, tal qual, o controle sobre sua própria fertilidade. Para mais, a inserção da mulher no mercado de trabalho e a ampliação do uso de métodos contraceptivos são aspectos que corroboram para a diminuição do número de filhos por mulheres 17 .…”

The relationship between staying at home during the pandemic and the number of conceptions: A national panel data analysis

“…Besides calculating total conceptions by municipality and week, we also calculated conceptions considering two categories of mother age and mother education: for age, we considered four categories corresponding to the quartiles of the age distribution in the sample; for education, we considered mothers who have not completed high school vs mothers who have completed high school or higher levels of education. This categorization was chosen based on the variables provided in the source datasets and in previous research that shows that completing high school is a strong determinant of fertility choices [42,43]. We also grouped mothers in two categories according to the previous number of live children (no previous children vs one or more previous children.…”