As aflatoxinas são metabólitos tóxicos de fungos do gênero Aspergillus que podem ser comumente encontradas em produtos de origem animal e vegetal. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de aflatoxinas no leite e seus derivados a partir da consulta de trabalhos publicados no Brasil através das bases de dados Scientific Eletronic Library Online, Pubmed e Google Scholar. Para isso, foram escolhidos dezesseis trabalhos publicados entre os anos de 1989 e 2018 onde treze avaliaram o leite em diferentes formas de tratamento e três avaliaram queijos. Dos treze estudos acerca da detecção de aflatoxinas no leite, cinco apresentaram uma concentração acima do limite estabelecido pela legislação brasileira para aflatoxinas em leite, sendo 0,010 a 0,645µg/L, 0,075 a 1,280 µg/L, 1,68 µg/L, 0,04 a 1,05 µg/L e 0,04 a 4,64 µg/L. Dos três estudos que avaliaram queijos, todos verificaram a presença de aflatoxinas, mas apenas um estudo identificou concentração do metabólito acima do limite máximo tolerado, resultando num valor entre 2,7 e 6,6 µg/kg. A metodologia utilizada para detecção da toxina fúngica variou entre as técnicas CLAE, CCD, CLUE e ELISA. A presença das aflatoxinas em produtos lácteos demonstra a importância do monitoramento desses produtos, bem como uma maior atenção aos alimentos destinados aos animais de produção, sendo esta, fonte de contaminação indireta para o homem, podendo gerar impacto à saúde por seu consumo de forma crônica. Assim sendo, torna-se evidente a necessidade de um monitoramento constante das aflatoxinas nos produtos de origem animal, tendo em vista a ocorrência natural e elevada toxicidade das aflatoxinas para a saúde humana e animal.