O presente estudo teve por objetivo avaliar se o uso da técnica de Low Pressure Fitness, que consiste em realizar uma pressão negativa abdominal e para isso utiliza a contração do músculo diafragma, principal responsável por grande parte da inspiração e expiração, altera a função pulmonar e a força muscular dos músculos respiratórios em voluntários praticantes desta técnica. Os métodos utilizados para avaliação e mensuração foram: espirometria simples e manovacuometria com avaliação da pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima. Foram avaliados 6 indivíduos, 5 do sexo feminino e 1 do sexo masculino que já realizavam a técnica no mínimo há um 1 ano, que não tinham diagnóstico de doença pulmonar. Com relação aos índices espirométricos, observou-se as seguintes médias da % dos valores preditos: CVF(L) = 90,00%; VEF1(L) = 101,66%; VEF1/CFV = 95,83%; FEF25-75%(L/s) = 90,83%; PFR(L/S) = 95,33%. Quanto aos parâmetros de força muscular, observou-se uma média de % do valor predito de pressão Inspiratória máxima de 81,05% e de Pressão Expiratória máxima de 86,64%. Assim, observou-se valores espirométricos dentro do limiar da normalidade e, ao contrário do que seria esperado, as variáveis de pressão inspiratória e expiratória máxima não apontaram para ganho de força muscular respiratória. Dessa forma, os resultados obtidos demonstram que não houve alteração da função pulmonar quando comparados com os valores preditos, enquanto na mensuração da força muscular respiratória foram obtidos valores abaixo da referência para pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima. Conclui-se que mesmo os voluntários tendo o domínio da contração destas musculaturas não houve alteração da função pulmonar e ganho de força muscular respiratória.