Objetivo: Investigar o consumo de selênio e sua relação com o estresse oxidativo em pacientes diabéticos tipo 2. Metodologia: Estudo analítico, do tipo caso-controle, envolvendo 81 indivíduos, com idade entre 20 e 59 anos, sendo distribuídos em dois grupos: 40 diabéticos e 41 controles saudáveis. Foram avaliados o índice de massa corpórea (IMC), a ingestão de selênio, analisada pelo software Nutwin e as concentrações plasmáticas do malondialdeído, determinada pela produção de substâncias reativas ao TBARS. As concentrações plasmáticas de glicose e hemoglobina glicada foram determinadas pelo método calorimétrico-enzimático e imunoensaio por turbidimetria, respectivamente. A análise da insulina sérica foi realizada segundo o método de quimioluminescência. Resultados: Os valores médios do IMC dos pacientes diabéticos e do grupo controle foram de 28,84 ± 4,79 kg/m2 e 23,66 ± 2,86 kg/m2, respectivamente. Não houve diferença estatística significativa na ingestão de selênio (p > 0,05) e não houve correlação significativa entre o selênio dietético e o malondialdeído. Conclusão: Os pacientes ingerem baixas concentrações de selênio, o que não foi capaz de influenciar as elevadas concentrações do malondialdeído. Portanto, o estresse oxidativo presente nesses pacientes parece ser decorrente da própria fisiopatologia do diabetes mellitus.Palavras-chave: selênio, malondialdeído, diabetes mellitus tipo 2, estresse oxidativo.